segunda-feira, 7 de junho de 2010

Nosso Trabalho

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS SOCIAIS APLICADAS
FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA






AÇÃO INTEGRADORA 2010-GRUPO AMARELO
SAÚDE


RISCOS E BENEFÍCIOS DO FUTEBOL LAZER

PUC - CAMPINAS,
2010


AÇÃO INTEGRADORA 2010-GRUPO AMARELO
SAÚDE




RISCOS E BENEFÍCIOS DO FUTEBOL LAZER

Trabalho para ação integradora ao programa da Faculdade de Educação Física Bacharel/Licenciatura da Pontifícia Universidade Católica de Campinas.




PUC-CAMPINAS
2010

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................1

2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral.............................................................................2
2.2 Objetivo Específico....................................................................3

3. METODOLOGIA..........................................................................................4

4. RESULTADOS
4.1 Riscos da prática do futebol por lazer....................................5
4.2 Benefícios da prática do futebol por lazer..............................9

5. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO....................................................................12

6. BIBLIOGRAFIA...........................................................................................13
6.1 Referências Secundárias..........................................................13



1. INTRODUÇÃO

O futebol é um dos esportes mais populares no mundo. Praticado em centenas de países, este esporte desperta interesse em função de sua forma de se disputar a bola.
Embora não se tenha muita certeza sobre os primórdios do futebol, historiadores descobriram vestígios dos jogos com bolas em várias culturas antigas. Estes jogos de bola ainda não eram denominados como futebol, pois não havia a definição de regras como há hoje, porém demonstram o interesse do homem por este tipo de desporto desde os tempos antigos.
O futebol tornou-se tão popular graças a sua simples maneira de jogar. Basta uma bola, duas equipes e a baliza, para que, em qualquer lugar, crianças e adultos possam divertir-se a jogar futebol. Na rua, na escola, ou até mesmo no quintal de casa, desde cedo jovens de vários cantos do mundo começam a praticar futebol. Essa prática expandiu-se para todas as pessoas, surgindo os famosos “atletas de fim de semana”.
Neste trabalho apresentamos os riscos e os benefícios desta prática esporádica do futebol, além disso, a forma de prevenção dessas lesões e, ainda, a importância do profissional de educação física perante as adversidades.





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2. OBJETIVOS



2.1 Objetivo Geral

Expor os riscos e benefícios do futebol na prática de forma esporádica, o qual utiliza o esporte como lazer para o final de semana.
Descrever os prejuízos, benefícios da prática como lazer e relatar os cuidados para evitar possíveis lesões e/ou outros problemas.












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2.2 Objetivos Específicos

Descrever, a partir de teses e artigos científicos as lesões mais comuns nas jogadas mais freqüentes na prática do futebol e os benefícios do futebol. Como por exemplo, ruptura de ligamentos (principalmente articulações como joelho e tornozelo), entorses e fraturas diversas de ossos dos membros inferiores, distensões musculares e até algumas lesões na coluna vertebral.
Relatar problemas cardiorrespiratórios que provem de atividades realizadas em alta intensidade e alta freqüência, sem o preparo físico adequadas.
Mostrar as prevenções para evitar problemas durante a realização do esporte evitando o comprometimento do futebol como um lazer.











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3. METODOLOGIA

Foi realizada uma pesquisa bibliográfica através de artigos extraídos da internet, livros e matérias de jornais, em que relatam os riscos, benefícios, lesões ocasionadas na prática do futebol como lazer e a importância do profissional de educação física.















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4. RESULTADOS

4.1 Riscos da prática do futebol por lazer

O famoso futebol no fim de semana, “quem nunca jogou que jogue a primeira pedra”. A grande maioria das pessoas, principalmente os homens, gosta de futebol. É o esporte mais conhecido em todo o mundo e o que tem o maior número de praticantes, e a maioria desses praticantes são homens que trabalham a semana inteira e no fim de semana resolvem jogar a famosa “pelada”.
As práticas de algumas atividades físicas fazem bem para a saúde, mas a prática uma vez por semana pode ocasionar lesões. Uma pessoa não deixa de ser sedentária só porque pratica exercícios uma vez na semana, e às vezes, uma vez por mês. A pessoa que pretende deixar de ser sedentário, deve no mínimo praticar atividades físicas 3 vezes por semana.
Essa prática desregulada do esporte pode trazer problemas articulares, cardiorrespiratórios, correndo o risco até de acontecer um infarto e problemas musculares como as distensões.
As lesões musculares como as distensões podem ser causadas por movimentos bruscos, como: estender um músculo na direção contrária ou ainda, uma contração forte de um músculo contra uma resistência.
No futebol as lesões mais comuns são as da virilha (músculo ílio-psoas, responsável pela flexão do quadril); panturrilha (músculo Soleo e Gastrocnêmios, responsável pela flexão plantar) e o quadríceps femoral (vastos e reto femoral, responsável pela extensão do joelho). Essas lesões podem ser causadas pelas paradas constantes, movimentos de arranque, ou
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por passadas maiores que o músculo pode suportar.
As lesões nos joelhos são as mais comuns no futebol, os ligamentos colaterais mediais, cruzados e meniscos são as partes do joelho em que mais ocorrem as lesões. Em geral, elas ocorrem em função de um estresse excessivo em uma articulação do joelho durante paradas e arranques repentinos.
Quando ocorrem essas lesões, ou outras, muitas vezes o trabalho de recuperação é muito lento, alguns se afastam até do trabalho para conseguir se recuperar 100% da lesão. Uma das maneiras para essa recuperação, além da fisioterapia, é a terapia aquática. Este método envolve a utilização de piscinas de reabilitação em que terapeutas usam atividades que são especialmente concebidas para melhorar, recuperar e manter a forma funcional e habilidades específicas. A água reduz a força da gravidade, o que permite movimento e atividade funcional de forma mais confortável, Em água quente, reservada para relaxamento, há o aumento da circulação, assim o atleta consegue desconcentrar o lactato, com isso o músculo relaxa e facilita o próximo treino, e em água com gelo também pode ajudar o treinamento, porque o atleta com o corpo quente entra no recipiente frio gerando a vaso constrição e uma analgesia local.
A melhor maneira de prevenir as lesões, além do alongamento antes e depois da partida, é a pratica regular de exercícios, como andar de bicicleta, caminhar pelo menos 40 min duas vezes na semana, para criar a resistência aeróbia tão requisitada no jogo. E além dessas praticas, um trabalho de fortalecimento muscular na musculação para prevenir as lesões, e também muitas vezes usado para a recuperação. E quando se fala em recuperação funcional de atletas/desportistas lesionados, pensamos nos exercícios chamados de propriocepção.
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Propriocepção refere-se à percepção consciente e inconsciente do posicionamento articular, enquanto cinestesia é a sensação do movimento ou da aceleração articular. Inicialmente, os sinais proprioceptivos e os cinestésicos são transmitidos para a medula espinhal por meio das vias sensoriais aferentes, a informação é processada em nível do córtex cerebral, que devolve em resposta eferente motora. A esta resposta chamamos de controle neuromuscular.
Exercícios em cadeia fechada, na sala de musculação (com os pés apoiados no solo ou aparelho) ao longo da amplitude do movimento estimulam os receptores articulares. Uso de bandagens elásticas compressivas ou suportes (órteses) de neoprene estimulam os receptores cutâneos fornecendo informações proprioceptivas e cinestésicas. Mobilização articular melhora a acuidade proprioceptiva e cinestésica consciente.
Exercícios de estabilização dinâmica: requer a antecipação e a reação às cargas articulares, obtém-se colocando a articulação em situações vulneráveis, nas quais o equilíbrio dinâmico é estabelecido em situações controladas. Os exercícios de equilíbrio (giroplano, cama elástica, pedalinho, balancinho, caixa de areia etc.), os pliométricos (saltos com obstáculos e em profundidade) e a musculação são bastante adequados.
Controle neuromuscular reativo: devem induzir “perturbações” articulares inesperadas, deslocamentos laterais, saltos, saltitos, deslocamentos frontais e de costas, exercícios com bola, chutes, arremessos, etc.
Atividades funcionais: têm como objetivo retornar ao nível de atividade antes da lesão, restaurando a estabilidade funcional e dos padrões de movimentos específicos para o esporte, minimizando o risco de nova lesão.
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Por fim, os testes funcionais: o objetivo é avaliar se a pessoa está recuperada e pronta para retornar às atividades desportivas. Neste caso, deve-se incluir exercícios que envolvam posicionamentos e manobras em que a articulação fica vulnerável, adaptando as tarefas de movimento próximas do gestual motor desportivo utilizados no futebol.
Todas essas atividades são usadas para atletas, mas com ajuda de um profissional de educação física, pode adaptar esses exercícios para quem é sedentário.












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4.2 Benefícios da prática do futebol por lazer

Paixão nacional do brasileiro e o esporte mais praticado no mundo, o futebol já mobiliza grande número de pessoas à sua prática. Homens e mulheres todos unidos a um único objetivo, marcar o gol.
Os praticantes dessa modalidade devem ficar felizes, pois a simples “pelada” pode levar a vários benefícios para a vida. Primeiramente por se tratar de uma atividade física, combate o sedentarismo, o qual é uma das grandes deficiências da saúde mundial hoje em dia, trazendo uma boa qualidade de vida aos jogadores.
No futebol, 88% das suas ações são aeróbias e os outros 12% são de atividade anaeróbias, unindo de uma forma mais efetiva os treinamentos aeróbicos e os de força. Por se tratar de uma atividade de grande consumo de oxigênio o esporte aumenta o desempenho cardiovascular reduzindo de forma efetiva os riscos de doenças cardíacas, aumentando a circulação sangüínea periférica e até diminui a resistência à insulina e, ainda, age de forma com que as gorduras sejam queimadas, conseqüentemente o praticante reduz sua massa corporal de forma saudável.
Por conter ações anaeróbias de alta intensidade, tais como: sprints, deslocamentos, chutes, saltos, mudanças bruscas de direção, contra-ataques e outras ações de explosão acabam oferecendo ganhos ao organismo, principalmente na força muscular, causando o fortalecimento da musculatura como: panturrilhas, coxas, glúteos, costas, abdômen e das articulações dos membros inferiores principalmente do joelho e do tornozelo.
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Levando vantagem aos exercícios isolados, pois além de tudo isso, o futebol possibilita a socialização e a interação com outras pessoas, ocasionando a motivação e o entusiasmo dos jogadores com as disputas de bola e os lances de gol, praticando o esporte com maior regularidade.
Para os praticantes realizarem um jogo disputado e de um bom nível, é necessário que quando criança e adolescente eles tenham passado pelas fases das habilidades motoras básicas, como: chutar, correr, saltar e receber. Se nesta fase conseguiram atingir o nível maduro, não terão dificuldades para jogar.
Para as mulheres e aos idosos o futebol além de fortalecer músculos e articulações, desenvolve a coordenação motora, o equilíbrio e a produção de células ósseas, com isso, acabam aumentando de forma considerável a sua densidade óssea, importantes para as pessoas suscetíveis a osteoporose.
E em boa parte de sua vida podem estar mais protegidos contra quedas e fraturas ósseas, um exemplo disso foi à pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo, nos testes de equilíbrio sobre uma perna, os idosos sedentários tiveram duas vezes mais quedas do que os idosos que costumam jogar futebol no passado.
Vale lembrar que para a pessoa praticar o futebol, mesmo que esporadicamente é necessário o acompanhamento de um médico e de um profissional de educação física, onde realizarão exames médicos e físicos e além de alguns testes para saber a aptidão física da pessoa.
Os testes mais utilizados são o teste de 40 segundos para medir a potência anaeróbia lática, o de 12 minutos para medir a capacidade aeróbia, shuttle run para medir a agilidade, banco de Well’s para medir a flexibilidade, impulsão vertical e horizontal para medir a força dos membros inferiores e de
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abdominal para medir a força abdominal. Os testes serviriam de base para saber o nível de condicionamento físico que o praticante se encontra com os resultados é possível elaborar treinos específicos para capacidade com maior deficiência, com isso, aumentando a sua aptidão física.


















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5. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO

O trabalho relatou as vantagens, tais como: aprimoramento do condicionamento físico, fortalecimento das articulações e dos músculos para aumentar a sustentação e o seu equilíbrio dinâmico utilizados na vida diária de qualquer praticante, principalmente de idosos com pré-disposição a osteoporose, pois com o aumento da sua densidade óssea corre um menor risco de fraturas e lesões musculares. Adicionalmente, evidenciamos as desvantagens relacionadas à falta de preparo ocasionando lesões articulares, musculares, além de problemas cardiovasculares.
Para buscar a saúde com a prática do futebol é necessário a supervisão de um profissional e o trabalho de inúmeras áreas da saúde, e com isso evitam-se possíveis lesões, estimulando uma prática de esportes bem estruturada.










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6. BIBLIOGRAFIA

-LEITE, P.F. Aptidão Física Esporte e Saúde. Editora Robe Editorial. 2004


-AOKI, M.S. Fisiologia, Treinamento e Nutrição aplicados ao Futebol. Editora Fontoura. 2002
 

-SHIMTH, L.K., WEISS E.L., LEHMKUHL L. D. Cinesiologia Clínica de Brunnstrom. Editora Manole. 1997
 
-DELAVIER, F. Guia dos Movimentos de Musculação, Abordagem Anatômica. Editora Manole Ltda. 2006

6.1 Referências Secundárias:

- www.educacaofisica.com.br – Acesso: 22/04/2010
- www.saude.abril.com.br – Acesso: 05/05/2010
- www.cidadedofutebol.com.br – Acesso: 07/05/2010
- www.universia.com.br – Acesso: 11/05/2010
- www.bancodesaude.com.br – Acesso: 18/05/2010
- comentandofutebol.blogspot.com – Acesso: 28/05/2010
- www.notapositiva.com/trab_estudantes - Acesso: 30/05/2010


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quinta-feira, 15 de abril de 2010

Jogue Futebol para viver BEM!


Saúde em campo...
O futebol dribla a hipertensão e o diabete, aumenta a massa muscular e queima calorias de montão.


O jogador recebe a bola e, ágil, entorta o zagueiro, deixando-o pra trás. Depois pára, toca para o companheiro e corre em direção ao gol rival, escapando da marcação. Já na grande área, ganha de presente um cruzamento. A bola viaja e gentilmente pousa em seu peito. Antes que ela caia na grama o jogador mira, dispara o chute e... pra fora! A bola mergulha na arquibancada. Se a torcida não pôde comemorar, ao menos o corpo dele vibra e lhe agradece pelo esforço. Não é preciso ser profissional para disputar partidas assim e, com o devido condicionamento físico, conquistar uma série de benefícios para a saúde.

Pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, idealizaram uma competição, digamos, científica entre utebol e corridaf. Para isso selecionaram 37 homens de 20 a 40 anos que não praticavam esses esportes regularmente. Catorze deles jogaram bola uma hora por dia, de duas a três vezes por semana. Os restantes foram divididos em dois grupos um de corredores que se exercitaram na mesma freqüência e um outro que não fez nenhuma atividade.

Depois de três meses os cientistas observaram que os futebolistas, com exceção dos goleiros, perderam mais peso e obtiveram mais massa muscular do que os praticantes da corrida. O que explica tanta vantagem? Os movimentos que o jogador é obrigado a fazer. Ele dá um pique, caminha, salta para cabecear a bola e corre para tirá-la do oponente.

  Esportes como o futebol, que trabalham com resistência e velocidade, são mais completos que exercícios isolados, afirma o fisiologista Paulo Zogaib, da Universidade Federal de São Paulo. O bate-bola exige corridas intensas, aceleração, desaceleração, uma variação de deslocamentos e isso faz gastar muita energia, diz o ortopedista Ricardo Cury, da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo. O futebol também fortalece as articulações, desenvolve a coordenação motora e estimula a produção de células ósseas. Um bom motivo para as mulheres, mais suscetíveis à osteoporose, aderirem ao esporte.

Com freqüência e intensidade adequadas à idade, a atividade aumenta a capacidade de receber oxigênio e economiza o trabalho cardíaco, conta o delegado da Sociedade Brasileira de Cardiologia Serafim Borges, que é médico no Rio de Janeiro. Sem falar que melhoraria a circulação sangüínea periférica e até diminuiria a resistência à insulina.

Mas calma antes de pisar no campo. Os especialistas reforçam que as benesses do esporte mais popular do Brasil só aparecem de fato quando o indivíduo se prepara para jogar. E é sobre isso que falaremos no segundo tempo desta reportagem.

Uma mudança brusca de direção, um contra-ataque, a força concentrada num chute se por um lado ações imprevisíveis como essas conferem ganhos ao organismo, por outro trazem à tona os riscos típicos do esporte. Isso não quer dizer que é preciso tirar seu time de campo. O futebol tem uma característica de explosão. Ou seja, enquanto se joga não é possível mensurar o esforço físico, diz o médico do esporte e traumatologista Samir Salim Daher, da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte. E, por ser um esporte de contato, as chances de lesão em choques com outros jogadores sempre existem, completa Ricardo Cury.

O recado é deixar de ser um mero atleta de final de semana. Jogar bola uma vez por semana e não fazer mais nada nos outros dias traz poucos benefícios e aumenta demais os riscos, lembra Paulo Zogaib, que também trabalha com a equipe do time paulistano Palmeiras.

Se para os profissionais os problemas são quase inevitáveis, o que dizer dos amadores? A lista de encrencas encontradas dentro das quatro linhas do campo abrange desde as distensões musculares até as rupturas de tendão e as fraturas. E haja coração! Doenças cardíacas que não se manifestam no dia-a-dia podem dar as caras na hora das jogadas, já que o órgão é sobrecarregado.

Para ficar longe da reserva passe por um bom check-up com o médico. Você pode até jogar só aos domingos, desde que durante a semana realize outras atividades, como a própria corrida e a musculação. Outra opção é bater uma bolinha duas vezes por semana e ir à academia com a mesma freqüência. O ideal é praticar, no mínimo, 30 minutos de exercícios físicos três vezes por semana, lembra Serafim Borges.

E mesmo a quem queira jogar como recreação, mas pensando também na saúde, está indicada a preparação muscular, com ênfase nos membros inferiores, como pernas, coxas e panturrilhas, determina o professor de educação física Cassiano Neiva, da Universidade Estadual Paulista. Engana-se quem pensa que mesmo depois de ganhar resistência e preparo físico já dá para abandonar a academia. A pessoa pode até manter o condicionamento respiratório, mas vai perder o muscular se não for lá também, avisa Daher.

A musculação fortalece as cartilagens e os ligamentos para que suportem os trancos e os impactos da partida. Antes e depois do jogo, não dispense os alongamentos de todos os grupos musculares. E invista no aquecimento. Se for jogar por mais de uma hora, tome água a cada 20 ou 30 minutos, aconselha Neiva. Depois de meia hora do fim do jogo, consuma um suco ou uma fruta para obter carboidrato, isto é, repor as energias.

Será que às vezes é preferível ficar no banco? O médico do esporte Luiz Oswaldo Carneiro Rodrigues, da Universidade Federal de Minas Gerais, responde: "quando houver sinal de infecções ou febre, após traumatismos, em ambientes muito quentes e úmidos e se não houver motivação suficiente naquele dia, é melhor ficar sem jogar." Do contrário lembre-se de que o futebol une o útil ao agradável para dar um prazeroso adeus ao sedentarismo. Basta cuidar do corpo para que o esporte o ajude a dar cartão vermelho para uma seleção nada invejável de problemas de saúde.


http://saude.abril.com.br/edicoes/0291/corpo/conteudo_259699.shtm

Cuidado!!! Prática indevida pode causar Condromalácia Patelar!


Um dos problemas mais comuns na região do joelho é a condromalácia patelar (também conhecida como síndrome da dor patelo-femoral ou “joelho de corredor”), que é um amolecimento da cartilagem articular.

“A palavra condromalácia significa amolecimento da cartilagem, porém, a condromalácia patelar não é apenas isso, mas também toda alteração que existe na cartilagem articular”, explica o Dr. Moisés Cohen, Professor Livre-Docente do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Unifesp e diretor do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte.

“Este amolecimento na cartilagem provoca síndromes de dor na parte anterior do joelho, e é uma lesão que costuma acometer mais as mulheres, pois elas possuem a bacia mais larga e há uma sobrecarga na articulação”, completa o Dr. José Marques Neto, ortopedista da Clínica Paulista de Esportes e da Clínica do Dr. Osmar de Oliveira.
  
CAUSAS

A condromalácia patelar pode ser causada por traumas diretos, como um choque, ou por desvios esqueléticos que provocam o desgaste na cartilagem. “Peso excessivo, falta de fortalecimento muscular, músculos pouco alongados e repetições de exercícios com cargas altas também podem acarretar no problema”, alerta Marques.

Os principais sintomas desta lesão são dor na região anterior do joelho ao subir e descer escadas ou ladeiras, ao levantar de uma cadeira, agachar-se, praticar exercícios físicos ou até mesmo manter o joelho flexionado sem fazer qualquer movimento; crepitação e estalidos ao flexionar e estender o joelho; e edema e derrame articular ocasionado pelo excesso de líquido sinovial formado no processo inflamatório.

SOLUÇÕES

Para tratar a condromalácia patelar, Cohen explica que primeiro é preciso corrigir as causas da lesão. “Se o problema foi provocado por mau alinhamento, primeiro temos que tratar isso, para depois cuidar da lesão focalizada”, diz o ortopedista. “Em alguns casos, é necessário fazer cirurgia. Hoje em dia, existem diferentes e modernos procedimentos cirúrgicos para o tratamento”, completa.

Para os casos que não são tão graves a ponto de precisar de cirurgia, são indicados alguns exercícios e orientações, para evitar que o problema aumente. “A pessoa precisa fazer exercícios de fortalecimento e alongamento muscular e treinamentos funcionais, para melhorar o equilíbrio e os movimentos”, afirma José Marques Neto. “Quem tem a lesão deve evitar fazer exercícios com movimentos repetitivos, ficar sentando e levantando o tempo todo ou agachar”, completa Moisés Cohen.


FONTE: O2 por minuto
Escrito por CESAR CANDIDO DOS SANTOS, no site www.educacaofisica.com.br

Futebol é mais saudável do que musculação e corrida?


Um estudo realizado por pesquisadores de mais de 50 países sugere que jogar futebol faz mais bem à saúde do que correr ou levantar pesos. A intensidade e a variedade dos movimentos envolvidos numa partida incluindo chutes, giros, corridas e passes e oferecem um exercício mais completo, apontam os cientistas.

Entre os benefícios do futebol estão a diminuição dos riscos de doenças cardíacas, já que ele reduz a pressão sanguínea e os níveis de colesterol, além de ser um ótimo exercício para perder peso. Principalmente pela maneira como age no coração, o futebol é melhor que levantar pesos nas academias ou sair para uma corrida.

Para um dos estudos que fizeram parte da pesquisa, os cientistas pediram que 47 homens com pressão alta jogassem futebol ou corressem. A equipe que optou por jogar futebol apresentou uma diminuição na pressão alta duas vezes maior do que aqueles que correram. Ambos os grupos perderam, na média, o mesmo peso, mas entre aqueles que jogaram futebol o nível de colesterol baixou - o que não se viu no grupo que correu.

De acordo com Peter Krustrup, pesquisador da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, que esteve envolvido no projeto, o futebol é eficiente em combater fatores de risco associados a doenças cardiovasculares devido a sua natureza, que ajuda a conquistar uma forma física saudável e a queimar gordura.

"Já sabemos que a inatividade física é um importante fator de risco no desenvolvimento de doenças do coração. Mas é uma novidade para nós saber que um esporte tão prazeroso como o futebol pode ser tão eficaz no tratamento da pressão alta", afirmou Krustrup. Segundo ele, após a realização da pesquisa, o futebol pode passar a ser indicado no tratamento de doenças cardiovasculares.

Precisa de algumas “entre linhas”... Futebol é bom para saúde, podendo ser mais eficaz até mesmo quanto musculação e corrida. Porem, a sua pratica indevida pode causar riscos, futebol apenas aos fins de semana, por exemplo.”

Sedentarismo Também é problema nas crianças!


Um estudo recente da Organização Mundial da saúde indica que crianças do mundo todo sofrem de sedentarismo cada vez mais, o que explica a epidemia mundial de obesidade. Partindo deste ponto da análise quase 73 mil jovens com idade entre 13 a 15 anos em 34 países os pesquisadores concluíram que a maioria das crianças não pratica a quantidade recomendada de atividade física e que aproximadamente um terço podem ser consideradas sedentárias. E segundo os autores não haveria diferenças significativas entre os países mais ricos e o mais pobres .

Os pesquisadores indicam pelo menos uma hora de exercício físico fora da aula de educação física por no mínimo 5 dias na semana. E que crianças que passam três horas ou mais na frente da televisão e no computador podem ser consideradas sedentárias.

A partir disso as análises mostraram que um quarto dos garotos e 15 % das meninas tinham nível adequado de atividade física, enquanto um quarto dos meninos e 30 % das meninas eram sedentários e não faziam exercícios o suficiente. Em todos os países menos na Zâmbia as meninas eram menos fisicamente ativas do que os meninos e em mais da metade dos países menos de um quarto dos garotos estariam dentro das recomendações de atividades físicas.

Baseados na pesquisa, os autores destacam que ‘mesmo com as limitações dos dados é bem seguro dizer que temos um enorme problema com a inatividade física entre as crianças em idade escolar em torna do globo , e que devíamos tomar uma atitude.

Nesse sentido as escolas podem ser determinantes ao combate ao sedentarismo, com a doação de aulas de educação física e o orientando os alunos quanto a importância dos exercícios além de prover mais espaços para as crianças e incentivá-las a ir a escola caminhando ou de bicicleta .

Praticantes sedentários de Futebol... Alerta!!!



Em São Paulo há 350 quadras de futebol society, com cerca de 1 milhão de participantes. Em vários outras cidades brasileiras é muito comum a prática da “pelada”, aquela partida de futebol entre amigos.

Mas uma pesquisa realizada na Unifesp alerta para o risco desta prática entre indivíduos sedentários.

Considera-se sedentário aquela pessoa que não pratica atividades físicas (média de 30 minutos) pelo menos três vezes por semana.

É isto mesmo, uma partida de futebol por semana não é suficiente para retirar alguém do sedentarismo.

O estudo, apresentado pelo professor de educação física Roberto Constantino Carneiro, envolveu 32 homens, com idade média de 41 anos, estando a maioria com sobrepeso. A pesquisa mostrou que em vez de trazer benefício, o jogo acaba prejudicando a saúde desses homens pelo fato de eles serem sedentários.

O jogo de futebol é uma atividade que exige muito do organismo. Por isso, o corpo precisa estar condicionado para suportar essa exigência. Segundo o pesquisador, o batimento cardíaco dos jogadores durante a partida ultrapassou o limite do recomendado.

O fisiologista Turíbio Leite de Barros, coordenador do Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte da Unifesp, explica que, para estar condicionado, o indivíduo precisa praticar exercícios no mínimo três vezes por semana, aumentando a intensidade aos poucos. “Para reduzir os riscos do infarto, basta o jogador esporádico incluir pelo menos duas caminhadas rápidas de 40 minutos por semana”, recomenda.

De acordo com o médico, a prática inadequada não aumenta apenas os riscos de ocorrência do infarto, mas também de lesões musculares e articulares.
Atividade intensa e pouco freqüente é arriscada – A prática de futebol society esporádica não é a única atividade perigosa para os sedentários. Segundo os especialistas, qualquer exercício intenso, realizado apenas uma vez por semana ou a cada 15 dias, coloca a saúde de quem não tem condicionamento físico adequado em risco.

“O organismo do sedentário muitas vezes não consegue tolerar uma atividade que exige muito dele, como é um jogo de futebol, de tênis, de basquete ou uma corrida longa”, explica o professor de educação física Roberto Carneiro. Segundo o especialista, o coração pode não estar preparado para agüentar o esforço do praticante durante o exercício. “Se ele for obeso, diabético ou já tiver problemas coronários, como hipertensão, essa capacidade é ainda menor”, completa.

A recomendação é fazer caminhadas ou corridas aceleradas durante a semana para que o jogo de futebol esporádico seja uma atividade benéfica para o corpo. Em oito a dez semanas, o jogador já vai ter os benefícios, entre eles, menor risco de infarto, melhor condicionamento físico, nível de colesterol adequado e pressão arterial controlada.

Faixa etária 20-40 anos... Só benefícios com o Futebol!



Aqueles que jogam futebol regularmente dos 20 aos 40 anos de idade apresentam melhor função muscular e equilíbrio aos 70 anos, diz estudo.

Pessoas que praticam futebol nos momentos de lazer em boa parte de suas vidas podem estar mais protegidos contra quedas e fraturas ósseas quando chegarem à terceira idade, segundo estudo realizado em sete países e recentemente publicado no Scandinavian Journal of Medicine and Science in Sports. De acordo com os autores, aqueles que jogam futebol regularmente dos 20 aos 40 anos de idade apresentam melhor função muscular e equilíbrio aos 70 anos, além de maiores massa e densidade óssea.

“A pesquisa mostra que homens de 70 anos que jogaram futebol a maior parte de suas vidas como lazer têm equilíbrio e força muscular rápida tão boa quanto pessoas com 30 anos não treinadas, e melhor equilíbrio e força muscular do que seus pares”, destacou o pesquisador Peter Krustrup.

Um exemplo disso é que nos testes de equilíbrio sobre uma perna, os idosos sedentários maior parte da vida tiveram duas vezes mais quedas do que os idosos que costumam jogar futebol no passado.

Os especialistas destacam que mesmo quantidades relativamente pequenas de treinamento podem fazer uma grande diferença em longo prazo. “Durante os jogos e treinamentos de futebol, os jogadores dão muitos piques, voltas, chutes e freadas.

Essa combinação de ações ajudam a alcançar um impacto variável nos ossos que parecem oferecer um melhor estímulo para a mineralização óssea do que a corrida”, concluíram os autores.